SARS-CoV-2/COVID/19 EM ANIMAIS DE COMPANHIA
DOI:
https://doi.org/10.15361/2175-0106.2021v37n1p01-02Resumo
Devido à ampla disseminação dos coronavírus em animais silvestres e domésticos, o surgimento de um “novo coronavírus” pode ser considerado um evento biologicamente possível e até previsível. O significado epidemiológico desses eventos, no entanto, é difícil de prever ou mensurar. A proximidade física do animal na qual a mutação ocorreu com um animal de outra espécie, que seja suscetível à infecção, é fundamental para que a transmissão interespécie ocorra. A posterior adaptação e disseminação do vírus mutante entre indivíduos da nova espécie é um evento biologicamente possível, mas provavelmente muito raro. No caso dos coronavírus, isso tem sido documentado desde a década de 1960 e os vírus emergentes apresentam morbidade e mortalidade distintas. Neste contexto, pelo conhecimento acumulado até o presente, a infecção de cães e gatos pelo SARS-CoV-2 é considerada um evento meramente acidental e sem significado epidemiológico evidente, seja em relação à transmissão para outros animais ou para a transmissão para pessoas. Desta forma, nesse momento, entendemos que a realização de testes de diagnóstico em cães e gatos não é necessária.