DINÂMICA EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE DENGUE NO MUNICÍPIO DE BARRETOS, SÃO PAULO, 2009 A 2013

Autores

  • E. M. N. PAULA Universidade Federal de Goiás
  • C. A. CRUZ
  • C. S. L. NOGUEIRA
  • R. B. MEIRELLES-BARTOLI
  • A. A. B. CARVALHO

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2015v31n2p45

Resumo

Atualmente existe uma grande preocupação da sociedade com a dengue e sua dinâmica de evolução, tornando-se essencial entendê-la e monitorá-la. Assim como outros municípios do Estado de São Paulo, Barretos há anos enfrenta epidemias de dengue. Em 2001, uma importante epidemia foi causada pelos sorotipos um e dois, registrando-se 5.068 casos. Diante dessa situação, objetivou-se realizar uma análise sobre a situação epidemiológica da dengue, avaliando casos notificados, por meio de métodos estatísticos. Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo, utilizando dados secundários sobre essa enfermidade (número de casos autóctones e importados), referentes ao período de 2009 a 2013, oriundos do Centro de Vigilância Epidemiológica. Avaliaram-se os casos de acordo com o ano e a distribuição sazonal, bem como análise do nível endêmico entre 2009 e 2012 e comparação com o ano de 2013. O critério estatístico foi o método dos quartis. Incidência abaixo do limite inferior situa a ocorrência na zona de êxito; incidência entre a mediana e o limite superior caracteriza zona de alerta; e zona epidêmica se dá quando a incidência ultrapassa o limite superior. Entre os anos de 2009 e 2013 foram notificados 6.868 casos, 62,57% dos quais ocorreram em 2013. No primeiro semestre de todos os anos observou-se maior ocorrência, em comparação com o segundo. O ano de 2013 foi considerado epidêmico, com base na série histórica. O número de notificações começa a aumentar no mês janeiro, atinge um pico no mês de março e é decrescente nos meses seguintes, porém sempre em situação epidêmica. As informações deste estudo devem ser interpretadas pela geração de hipóteses. Alguns fatores justificam como a doença se comporta em determinado lugar. A partir disso, é possível propor ações de controle, bem como realizar estudos epidemiológicos específicos e avaliar o sistema de vigilância. PALAVRAS-CHAVE: DENGUE. SAÚDE. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. NÍVEL EPIDÊMICO. ÁREA TEMÁTICA: Saúde Pública

Publicado

15/12/2015

Edição

Seção

II SIMPREV