CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE Escherichia coli VEROTOXIGÊNICAS EM AMOSTRAS DE QUEIJO TIPO FRESCAL / MOLECULAR CHARACTERIZATION OF VEROTOXIGENIC Escherichia coli IN SAMPLES OF FRESCAL CHEESE

Autores

  • K. A. NASCIMENTO Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí
  • L. G. PRADO Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí
  • M. R. A. FERREIRA Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí
  • C. N. MOREIRA Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí
  • W. C. GARCIA Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí
  • J. M. S. LOPES Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2013v29n4p89

Resumo

Escherichia coli é um importante patógeno envolvido em quadros de toxinfecção alimentar em humanos. Dentre os diversos tipos de queijos fabricados, o Minas Frescal tem ampla aceitação comercial em função de seu preço mais acessível (BARROS et al., 2004). Na maioria das vezes são comercializados em embalagem plástica comum e sem tratamento a vácuo. As amostras de queijo foram semeadas em ágar EMB-Levine e incubadas a 37ºC, por 24 horas. A extração de DNA das cepas de E. coli isoladas foi realizada pelo método térmico. A amplificação do DNA bacteriano foi feita em uma reação com volume final de 25μL. Os produtos amplificados foram visualizados por exposição do gel de agarose à luz ultravioleta. Foram visitados 12 estabelecimentos comerciais e destes coletados uma amostra de queijo minas frescal. Processada no dia da coleta e outro processamento após sete dias, totalizando 24 amostras e 120 isolados de Escherichia coli. Foram caracterizados geneticamente quatro isolados como VTEC, sendo identificada uma como stx1 e três como stx2, revelando uma prevalência de 3,33% (4/120) deste patógeno. Todas as amostras identificadas como VTEC foram provenientes de amostras conservadas na geladeira por sete dias, resultados estes semelhantes aos encontrados por Pigatto et al. (2009), que encontraram diferentes cepas de VTEC detectadas em queijos após alguns dias de armazenamento sob refrigeração.  Paneto et al. (2007) pesquisaram a ocorrência de VTEC, em queijo produzido com leite não pasteurizado, na Região Centro Oeste do Brasil, obtendo uma prevalência de 6,0%. Diferentemente de pesquisas realizadas por Okura (2010) em queijo minas, que não detectaram estirpes de E. coli produtoras de toxinas Shiga (VTEC) em nenhum queijo analisado. Os resultados confirmam que devem ser adotadas medidas higiênico-sanitárias envolvendo desde a ordenha do leite, o processamento, distribuição até a conservação sob refrigeração que não inibe o crescimento destes patógenos.

 

SUMMARY

Escherichia coli is an important pathogen, which is often involved in cases of food poisoning in humans. Among the various types of manufactured cheese, Minas Frescal has wide commercial acceptance due to its affordable price (BARROS et al., 2004). Most often, it is commercialized in common plastic packaging without vacuum. The cheese samples were plated on EMB-Levine agar and incubated at 37°C for 24 hours. The DNA extraction from strains of E. coli isolates was performed by thermal method. Bacterial DNA amplification was performed in a reaction with a final volume of 25μL. The amplified products were visualized by agarose gel exposure to ultraviolet light. Frescal cheese samples were collected from 12 shops; the samples were processed on the same day and further processed after seven days, totaling 24 samples and 120 isolates of Escherichia coli. Four strains were genetically characterized as VTEC, identified as 1 stx1 and 3 stx2, showing a prevalence of 3.33% (4/120) of the pathogen. All samples identified as VTEC were those that were stored in the refrigerator for seven days. These results are similar to those found by Pigatto et al. (2009) who also detected different VTEC strains in cheese after a few days of refrigerated storage. Paneto et al. (2007) investigated the occurrence of VTEC in cheese made from unpasteurized milk, in Midwest Brazil, and reported a prevalence of 6.0%. Unlike the research conducted by Okura (2010) in white cheese, which did not detect Shiga toxin-producing E. coli strains (VTEC) in any cheese analyzed. The results confirm that hygienic and sanitary measures should be adopted throughout the process, from milking, processing and distribution to conservation under refrigeration, which does not inhibit the growth of these pathogens.

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Publicado

10/10/2013

Edição

Seção

( I SIMPREV )