EFEITO DA CLOREXIDINA NA CICATRIZAÇÃO UMBILICAL DE AVESTRUZES.

Autores

  • V. M. S. SILVA
  • M. GARCIA-NETO
  • S. H. V. PERRI
  • G. H. BECHARA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2010v26n1p011-016

Resumo

Um dos maiores entraves na criação de avestruzes é relacionado à contaminação da região umbilical de avestruzes recém-eclodidos. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a cicatrização umbilical de avestruzes (Struthio camelus) mediante a antissepsia com clorexidina associada à secção total ou parcial do cordão umbilical. Foram utilizados 168 filhotes, cujo cordão umbilical foi seccionado totalmente ou 0,5 cm acima da sua inserção. A antissepsia da região umbilical consistiu na aplicação de clorexidina, em solução aquosa ou alcoólica, nas concentrações de 0,5%, 1,0% e 2,0%, durante três dias. Também foi incluído um grupo sem tratamento. A cicatrização umbilical foi avaliada aos 14 e 28 dias de idade do filhote. Os resultados mostraram que as soluções de clorexidina reduziram o risco de onfalite, sendo a solução alcoólica 2% a mais eficiente. A cicatrização foi mais rápida nas aves em que o cordão umbilical foi seccionado totalmente. Conclui-se que o uso de clorexidina para a antissepsia da região umbilical de avestruzes recémeclodidos é seguro e favorece a cicatrização umbilical, sendo necessário para uma maior efetividade remover o cordão umbilical na altura da sua inserção.

PALAVRAS-CHAVE: Cicatrização. Desinfecção. Onfalite. Struthio camelus.

Biografia do Autor

G. H. BECHARA, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Gervasio Henrique Bechara, médico veterinário graduado pela FMVZ-USP em 08/1972, concluiu o mestrado e o doutorado em Farmacologia FMRP-USP em 1976 e 1977, respectivamente. Atualmente é PROFESSOR TITULAR da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, com contrato desde 10/1972. Já publicou mais de 100 artigos em periódicos especializados, cerca de 200 resumos em anais de congressos, 4 capítulos de livros e 3 livros, além de um CD. Participou de mais de 100 congressos no país e exterior. Orientou 10 dissertações de mestrado e co-orientou outras quatro, além de 6 teses de doutorado. No momento orienta um doutorando e co-orienta um mestrando e 5 doutorandos. Na graduação, orientou cerca de 30 bolsistas de iniciação científica e 7 trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Medicina Veterinária, Imunologia, Parasitologia e Morfologia. Recebeu 6 prêmios e homenagens. Entre 1974 e 2008 participou de mais de 20 projetos de pesquisa, tendo coordenado 14 deles. Atualmente participa de 10 projetos de pesquisa, 3 deles como coordenador. Atua na área de Patologia Animal, Experimental e Comparada, com ênfase em imunopatologia da resistência ao carrapato visando seu controle. Participa desde 1997 como membro efetivo e desde 2004 do conselho diretor de um consórcio internacional integrado de estudos e pesquisas sobre carrapatos e patógenos por eles transmitidos (www.icttd.nl), financiado pela União Européia e do qual é co-editor de sua Newsletter quadrimestral. Desde 2001 participa da diretoria da Society for Tropical Veterinary Medicine-STVM como membro conselheiro.

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Edição

v. 26 n. 1 (2010)

Seção

Physiology and Pharmacology/Fisiologia e Farmacologia

Licença

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