Waltheria douradinha: ESTUDO CITOTÓXICO E ANTI-EDEMATOGÊNICO

Autores

  • E. G. FONTOURA Centro Universitário da Região da Campanha
  • E. S. BIERHALS Universidade Federal de Pelotas
  • S. R. FELIX Instituto Federal Sul-Riograndense
  • R. A. FREITAG Universidade Federal de Pelotas
  • G. FISCHER Universidade Federal de Pelotas
  • M. O. NOBRE Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2020v36n1p25-31

Resumo

Objetivo: avaliar o efeito citotóxico in vitro causado pela exposição de células ao extrato aquoso de Waltheria douradinha, além de testar o potencial anti-inflamatório tópico em modelo experimental de inflamação. Material e métodos: Para citotoxicidade foram utilizadas concentrações a partir de 10% do extrato aquoso seguindo uma sequência de diluições. A leitura das placas se procedeu com corante de vermelho neutro em espectofotometro. O ensaio anti-inflamatório ocorreu por indução da inflamação no conduto auditivo de ratos induzidos por óleo de cróton 5% em acetona. Os animais foram alocados em grupos: extrato aquoso de W. douradinha 100%, 50% e 25%, e grupos controle positivo (betametasona), e controle negativo (solução fisiológica de NaCl 0,9%). O potencial anti-inflamatório dos tratamentos foi avaliado através de medição do bordo caudal da pinna auricular, assim como pelo peso de amostra obtida por punch. Também foram pesquisados compostos com ação anti-inflamatória comprovada através de análise cromatográfica. Resultados: quando comparados ao controle, as células expostas as concentrações a partir de 0,1% até 1% do extrato aquoso não demonstraram citotoxicidade, sendo caracterizadas como tóxicas as concentrações de 10, 5 e 1%. Para o ensaio anti-inflamatório, os roedores tratados com extrato aquoso de W. douradinha 50% equivaleram ao grupo controle com anti-inflamatório alopático. Também foram identificados compostos flavonoides de ação anti-inflamatória: Luteolina, Kercetina, Kaempferol e Rutina. Conclusão: o extrato aquoso de W. douradinha possui atividade citotóxica nas concentrações maiores que 1%, além demonstrar possibilidades para efeito edematogênico quando administrado na orelha externa de ratos induzidos a otite com óleo de cróton.

Biografia do Autor

E. G. FONTOURA, Centro Universitário da Região da Campanha

Prof. Dr. Eduardo Garcia Fontoura, ministra aula no curso de medicina veterinária no Centro Universitário da Região da Campanha, Campus Alegrete. É membro da Comissão de ética no Uso de Animais da instituição, atua como médico veterinário clínico de pequenos animais no hospital veterinário, além de atuar como médico veterinário ultrassonografista (pequenos animais).

E. S. BIERHALS, Universidade Federal de Pelotas

Médica Veterinária, Residente do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Pelotas

S. R. FELIX, Instituto Federal Sul-Riograndense

Médico Veterinário formado pela Universidade Federal de Pelotas (2007), possui Mestrado (2009) e Doutorado (2013) pelo PPGV da UFPel. Atualmente veterinário do IFSul, campus Bagé, foi professor na área de saúde pública do curso de Medicina veterinária da UFPel de 2012 a 2013. Foi Pós doutorando pelo programa PNPD de 2013 a 2015 e de 2016 a 2018. Tem experiência na área de Medicina Veterinária preventiva, doenças infecciosas e parasitárias, com ênfase em biotecnologia aplicada e epidemiologia.

R. A. FREITAG, Universidade Federal de Pelotas

ossui graduação em Bacharelado em Química pela Universidade de Passo Fundo (1991), Mestrado e Doutorado em Química pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, 1995 e 2000, respectivamente. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pelotas UFPel. Atua nas seguintes áreas: (i) Bioenergia e (ii) Podutos Naturais, na extração de susbtâncias bioativas. Tem experiência nas áreas de síntese Orgânica, Cromatografia e de Ressonância Magnética Nuclear RMN, no estudo e identificação de compostos orgânicos. É membro colaborador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos do Meio Ambiente (INCT do Meio Ambiente).

G. FISCHER, Universidade Federal de Pelotas

Geferson Fischer é Médico Veterinário formado pela Universidade Federal de Pelotas (1998), com mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Pelotas (2001), doutorado em Biotecnologia Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas (2007) e pós-doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Veterinária (UFPel/Capes 5) por duas gestões (2011-2012 e 2015-2016) e coordenador adjunto do mesmo Programa também por duas gestões (2009-2010 e 2017-2018). Atualmente é professor Associado na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas e orientador de iniciação científica, mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Veterinária (UFPel/Capes 5). Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Imunologia, Virologia, Microbiologia, Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos e sanidade de abelhas. Na pesquisa e na extensão vem atuando principalmente no desenvolvimento e avaliação de vacinas, adjuvantes e coadjuvantes vacinais. Na sanidade apícola tem atuado na identificação e caracterização de vírus que acometem abelhas e meliponídeos, bem como no desenvolvimento de modelos de estudo de vírus de abelhas em laboratório. Tem interesse no estabelecimento de parcerias nas áreas de vacinas de mucosa e sanidade apícola.

M. O. NOBRE, Universidade Federal de Pelotas

Professora no Departamento de Clínica Veterinária - UFPel

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Publicado

15/04/2020

Edição

Seção

Physiology and Pharmacology/Fisiologia e Farmacologia