QUANTIFICAÇÃO DE FAGOS ENTRE GENÓTIPOS DE Escherichia coli PRODUTORA DE TOXINAS SHIGA (STEC)

Autores

  • A. E. STELLA UFG-Regional Jataí
  • A. F. FRANCO DE OLIVEIRA Universidade Federal de Goiás
  • D. L. F. MENDONÇA Universidade Federal de Goiás – Regional Jataí
  • L. ZAIDEN Universidade Federal de Goiás – Regional Jataí
  • B. SPIRA USP-Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2015v31n2p108

Resumo

Objetivos: Os genes stx1 e stx2 estão localizados em prófagos do tipo lambda, e nessa condição sua expressão é reprimida. Uma efetiva produção de toxina shiga ocorre somente no momento da indução do prófago e seu posterior desenvolvimento lítico, incluindo a replicação do genoma do fago como um elemento extracromossomal. Material e Método: O potencial de produção da toxina shiga foi observada indiretamente através da indução e quantificação dos fagos stx em 70 isolados (filogrupos B1 e A), com relação ao perfil stx (stx1, stx2, stx1+stx2) foram analisadas 72 cepas. Os isolados foram cultivados com ciprofloxacina durante 18hs. Após este período uma alíquota da cultura foi coletada e centrifugada (10.000rpm/2min), em seguida foi adicionado 50µl de clorofórmio. Depois foram feitas diluições seriadas do sobrenadante e plaqueadas juntamente com Top agar e a bactéria receptora E. coli C600. A contagem das unidades formadoras de placas de lise (PFU) foi realizada após a incubação há 37°C por 24 horas. Resultados: Das 60 cepas pertencentes ao filogrupo B1 53% apresentaram placas de lise (32/60), enquanto que somente 20% (2/10) das cepas do filogrupo A expressaram seus prófagos. Já quando comparamos o perfil stx+ a expressão dos profágos, observamos que os isolados do perfil Stx1 foram os que mais expressaram, 72%; enquanto que no perfil stx2 somente dois isolados apresentaram placas de lise, e interessantemente nenhum isolados do perfil Stx1 + Stx2 expressou seus profágos. Conclusão: Cepas pertencentes ao filogrupo B1 foram as que mais apresentaram prófagos ativos. Quanto as diferenças de ativação com relação ao perfil stx, podem ser explicadas pelas particularidades de produção da toxina pelos fagos, onde células lisogenizadas são responsáveis pela produção e liberação de stx2, já para stx1 parece que sob condições de baixo teor de ferro, significativos níveis stx1 podem ser produzidos, independentemente da indução pelo fago. PALAVRAS-CHAVE: RESISTÊNCIA. BACTERIÓFAGOS. FILOGRUPOS. AGRADECIMENTOS: FAPESP ÁREA TEMÁTICA: Doenças Infecciosas

Biografia do Autor

A. F. FRANCO DE OLIVEIRA, Universidade Federal de Goiás

Graduada em Biologia atuando como técnica no laboratório de microbiologia veterinária da Universidade Federal de Goiás.

Publicado

22/12/2015

Edição

Seção

II SIMPREV