AVALIAÇÃO DOS VALORES PLASMÁTICOS DE AMÔNIA EM CÃES COM INSUFICIÊNCIA RENAL EM SÍNDROME URÊMICA.
Resumo
A hiperamonemia em cães é usualmente relacionada a distúrbios vasculares do sistema porta ou à insuficiência hepática; entretanto, a elevação dos níveis plasmáticos de amônia também é relatada em situações em que inexiste hepatopatia. Em humanos, eqüinos, caninos e em ratos, a hiperamonemia foi descrita em casos de infecções intestinais e urinárias por bactérias produtoras de urease, bem como de insuficiência renal com uremia. O processo urêmico acompanhado de acidose aparentemente inibe a ação de enzimas hepáticas relacionadas à biotransformação da amônia, e o acúmulo sangüíneo dessa substância poderia favorecer a manifestação de gastrenterite, de estomatite e de alterações neurológicas. No presente estudo foram selecionados 26 animais com diagnóstico clínico e laboratorial de insuficiência renal (aguda ou crônica) em síndrome urêmica. As manifestações clínicas mais freqüentes observadas foram vômito, melena, anorexia, halitose e prostração. Observou-se tendência à acidose metabólica (valores médios de pH sangüíneo de 7,24 e de bicarbonato e excesso de base de 12,2mEq/L e ?13,6, respectivamente). O teor plasmático médio de amônia foi de 2.147mg/dL, com valores máximo de 4.680mg/dL e mínimo de 580mg/dL, sendo todos maiores do que os relatados em cães hígidos. Os resultados obtidos permitiram sugerir que a determinação da concentração plasmática de amônia pôde trazer informações adicionais na avaliação de pacientes com insuficiência renal em síndrome urêmica, fornecendo subsídios para o melhor entendimento da patogenia da hiperamonemia.
PALAVRAS-CHAVE: Cães. Amônia. Uremia. Nefropatia.
PALAVRAS-CHAVE: Cães. Amônia. Uremia. Nefropatia.
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Artigo na Íntegra - PDFDOI: http://dx.doi.org/10.15361/2175-0106.2005v21n4p116-120