DESCRIÇÃO ANÁTOMO-RADIOGRÁFICA DO ESQUELETO APENDICULAR DA CUTIA (Dasyprocta azarae, LICHTENSTEIN, 1823)
DOI:
https://doi.org/10.15361/2175-0106.2009v25n1p028-031Resumo
Esta pesquisa foi desenvolvida com o intuito de melhor conhecer alguns aspectos anátomo-radiográficos do esqueleto apendicular de um grande roedor selvagem da fauna brasileira, a cutia. Foram utilizados nove animais, quatro fêmeas e quatro machos adultos, além de um filhote macho. Em todos os animais foram realizadas radiografias em decúbito lateral e ventral. A avaliação anatômica foi efetuada em três deles, que após morte natural tiveram seus esqueletos apendiculares dissecados e posteriormente preparados mediante maceração controlada, sendo as peças ósseas analisadas. Em todas as cutias estudadas foi observado que o úmero possui tubérculo maior evidente, fossa radial e do olécrano comunicantes e tuberosidade deltóide pouco desenvolvida. As tuberosidades do rádio são pouco nítidas e este osso não é fundido à ulna, a qual o acompanha em comprimento. A fileira proximal de carpos é formada pelos carpos intemediorradial, ulnar, acessório e falciforme e a distal pelos carpos I, II, III, e IV. Há cinco metacarpos e cinco dígitos no membro torácico, e cada um com falange proximal, média e distal, exceto o primeiro, o qual contém falange proximal e distal. A pelve é estreita, alongada e o acetábulo, arredondado e profundo; o fêmur apresenta o trocânter maior bem desenvolvido. A tíbia e a fíbula não são fundidas, a fíbula é bem delgada e equivale, em tamanho, à tíbia. No tarso, a fileira proximal é composta pelo talo, calcâneo, osso társico tibial medial e central; na fileira distal há o tarsometatarso I, e o II, III e IV ossos do tarso. No membro pélvico há três dígitos e os metatársicos II, III e IV, com três falanges em cada, e um pequeno osso metatársico V.
Palavras-chave: Anatomia. Radiografia. Roedor. Selvagem.