ANÁLISE MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DO GELO UTILIZADO NA CONSERVAÇÃO DE PESCADO EM SUPERMERCADOS DE RIO BRANCO-AC

Autores

  • A. P. A. DUARTE Universidade Federal do Acre - UFAC
  • P. G. F. MARCHI Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
  • N. C. M. REZENDE-LAGO Centro Universitário Moura Lacerda
  • I. F. SILVA Centro Universitário Moura Lacerda
  • D. S. S. ARAÚJO Universidade Federal do Acre
  • L. S. BRANDÃO Universidade Federal do Acre - UFAC
  • O. T. SILVA Universidade Federal do Acre - UFAC
  • A. B. SIQUEIRA Universidade Federal de Roraima - UFRR
  • C. T. MESSIAS Universidade Federal do Acre - UFAC

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2022v38n2p36-42

Resumo

O gelo é fundamental para a conservação adequada do pescado, pois retarda o crescimento microbiano, preservando a qualidade físico-química, microbiológicas e características organolépticas. No entanto, o gelo pode ser fonte de risco para a saúde dos consumidores quando produzido sob más condições sanitárias. Pontos críticos devem ser controlados durante a etapa de produção e armazenagem do gelo, como, uso de água potável e condições higiênicas-sanitárias. A presença de altas populações de microrganismos heterotróficos e coliformes e a má qualidade físico-química do gelo utilizado para conservação de pescado pode representar um risco potencial ao consumidor, podendo ser veiculador de doenças como Salmonelose, infecção por Escherichia coli e intoxicação por Staphylococcus aureus, além de reduzir a vida útil de prateleira do produto. Neste contexto, a realização deste estudo teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica e físico-química do gelo utilizado na conservação de pescados comercializados em Rio Branco – AC. Foram analisadas 15 amostras de gelo coletadas em três diferentes supermercados. Foi preconizado a coleta de gelo fabricado com maquinário próprio e que fossem utilizados na comercialização do pescado fresco, que seriam expostos e resfriados em bancas de gelo no local. Foram colhidas 300g de gelo manualmente com uso de luvas e acondicionadas em frascos de vidros esterilizados, em caixa isotérmica. A qualidade microbiológica destas amostras foi analisada pela contagem de microrganismos heterotróficos mesófilos e psicrotróficos. Além disso, foi realizada a determinação do número mais provável de coliformes totais á 30°C, termotolerantes e a quantificação do pH e cloro residual livre das amostras. Com relação a determinação de microrganismos mesófilos, foram registrados valores entre 1,0x10¹ e 9,15x10³ UFC/mL com amostras fora do padrão estabelecido pela Portaria MG/MS n° 888/2021. A quantidade de psicrotróficos variou entre 1,0x10¹ e 89,8x10³ UFC/mL. Foi registrada a presença de coliformes totais á 30°C em 6 amostra e de termotolerantes em 4 amostras. Portanto, foi registrado variação nos padrões de qualidade dos gelos fabricados nos supermercados para conservação do pescado, constituindo risco potencial para a saúde dos consumidores.

Biografia do Autor

A. P. A. DUARTE, Universidade Federal do Acre - UFAC

Médica veterinária autônoma

P. G. F. MARCHI, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT

Professora adjunta do curso de agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia, Tecnologia de Alimentos e Produção Animal.

N. C. M. REZENDE-LAGO, Centro Universitário Moura Lacerda

Professora do magistério superior da Instituição Moura Lacerda, em Ribeirão Preto/SP na área de Saúde Pública e Higiene e Inspeção de Alimentos e Produtos de Origem Animal.

I. F. SILVA, Centro Universitário Moura Lacerda

Médico veterinário, Instituição Moura Lacerda, em Ribeirão Preto/SP.

D. S. S. ARAÚJO, Universidade Federal do Acre

Discente do Programa de Pós-graduação em Sanidade e Produção Animal Sustentável na Amazônia Ocidental (PPGESPA) em nível de Mestrado.

L. S. BRANDÃO, Universidade Federal do Acre - UFAC

Química, responsável pelo laboratório de análise físico-químico da Unidade de tecnologia de alimentos UTAL/UFAC.

O. T. SILVA, Universidade Federal do Acre - UFAC

Biólogo, responsável pelo Laboratório de Análises Microbiológicas da Unidade de Tecnologia de Alimentos - UTAL/UFAC.

A. B. SIQUEIRA, Universidade Federal de Roraima - UFRR

Professor do Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Medicina Veterinária na área de Inspeção e Tecnologia de Produtos de Origem Animal.

C. T. MESSIAS, Universidade Federal do Acre - UFAC

Professor do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza – CCBN, do curso de Medicina Teterinária na área de Inspeção e Tecnologia de Produtos de Origem Animal.

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Publicado

28/06/2022

Edição

Seção

Inspection and Technology of Foods of Animal Origin/Inspeção e Tecnologia de Alimentos de Origem Animal